Os cuidados preventivos têm grande importância para se evitar o câncer. E dentre diversas medidas para cuidar da saúde não podemos nos esquecer das consultas médicas periódicas e os exames de rotina indicados.
No caso do câncer de cólon e de reto, por exemplo, o tumor pode levar até 15 anos para se desenvolver e se manifestar e, se a doença for diagnosticada precocemente, o índice de sucesso no tratamento é muito alto.
Infelizmente, por falta de acesso às campanhas de prevenção ou constrangimento na hora de fazer os exames, o número de pessoas com o diagnóstico da doença em fase avançada tem apresentado crescimento.
No Brasil em 2014, segundo estudo do Ministério da Saúde e Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Câncer de Cólon e Reto será o terceiro tipo de maior incidência desta doença em homens e segundo em mulheres, excluindo os cânceres de pele não melanoma. Isso quer dizer que, conforme estimativas, serão mais de 32.600 novos casos no país, sendo 15.070 homens e 17.530 mulheres.
A maioria dos casos de câncer colorretal, em estágio inicial, não apresentam quaisquer manifestações clínicas. Por isso, é importante ficar atento a qualquer mudança, sinal ou sintoma diferente. Converse com seu médico se apresentar:
É importante ressaltar que estes sintomas também estão relacionados a outras doenças, não sendo, necessariamente, sinais exclusivos do câncer colorretal. Entretanto, existindo qualquer um desses sintomas, um médico deverá ser consultado para o diagnóstico preciso e o início do tratamento caso necessário.
Segundo a endoscopista Laura Ornellas Halfeld "o primeiro sinal da doença geralmente é o pólipo, que tem aparência de uma pequena verruga na parede do intestino, e é uma lesão facilmente tratada. Geralmente são benignos (não cancerosos), mas com o tempo, podem se transformar em um câncer invasivo".
Os exames de rastreamento podem detectar lesões pré-malignas ou câncer colorretal precocemente, quando a possibilidade de cura é grande. Isso ocorre porque alguns pólipos ou tumores podem ser encontrados e removidos antes de se transformarem em câncer. "Por isso a colonoscopia é o método mais indicado neste caso, devido a maior acurácia na detecção de pólipos, possibilitando também a sua retirada no mesmo exame", explica a especialista.
É um exame que permite a visualização do revestimento interno da porção inferior do aparelho digestivo, que inclui, o reto, o cólon e, frequentemente, o íleo terminal (final do intestino delgado). A colonoscopia necessita de um preparo prévio com dieta e laxantes. A avaliação é realizada sob anestesia, com um aparelho (colonoscópio) fino e flexível, que se adapta perfeitamente à anatomia do intestino. As complicações do procedimento são raras.
O indicado é que todas as pessoas, a partir dos 50 anos, se submetam aos exames de rotina. Se não houver câncer ou lesões pré-malignas, o paciente passa por novo exame apenas depois de dez anos. Caso tenha histórico familiar de câncer colorretal, o primeiro exame preventivo deve ser realizado aos 40 anos ou 10 anos antes da apresentação da doença no parente que teve a doença mais cedo. Por exemplo, caso o parente tenha apresentado o câncer aos 40 anos, é necessário submeter-se ao exame com 30 anos. Ou seja: conte sempre dez anos a menos. Além disso, o paciente que tem familiares de primeiro grau com câncer de cólon ou de reto deve repetir o exame a cada cinco anos, mesmo que os anteriores não tenham detectado nada de errado.
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