A miastenia grave (miastenia gravis) é uma doença crônica caracterizada por fraqueza muscular e fadiga rápida quando o músculo é exigido. Esse cansaço tende a aumentar com o esforço repetitivo e a diminuir com o repouso.
As palavras "Myasthenia gravis" têm origem grega e latina, "mys" = músculo, "astenia" = fraqueza e "gravis" = pesado, severo. Daí o nome, que significa fraqueza muscular grave. É causada por uma súbita interrupção da comunicação natural entre nervos e músculos. Aparece mais frequentemente como uma doença autoimune - causada pelo ataque de anticorpos às fibras musculares, impedindo a sua contração. Como resultado, as fibras musculares afetadas acabam se atrofiando ou se degenerando, causando dificuldades para realizar movimentos como abrir e fechar os olhos, falar, mastigar, engolir, mover a cabeça, pegar, andar e até respirar.
Há também formas congênitas de miastenia grave, adquiridas por herança genética (no nascimento). Nessas formas, um ou mais genes - que são como receitas para a construção de proteínas no nosso organismo - apresentam mutações, que resultam em má-formação de estruturas nos nervos ou nos músculos e, consequentemente, em dificuldades para realizar movimentos.
Os sintomas mais comuns são:
A miastenia grave afeta apenas os músculos controlados voluntariamente. Não afeta, portanto, músculos do coração.
Embora possa aparecer em qualquer idade, é mais comum em mulheres menores de 40 anos e homens maiores de 60 anos.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde - OMS, de 3 a 5 indivíduos a cada 10 mil são afetados por miastenia grave.
Embora ainda não haja cura para a miastenia grave, há tratamentos que, em boa parte dos casos, podem manter a doença sob controle e até fazê-la regredir.
A hipótese diagnóstica normalmente é feita pelo clínico e encaminhada ao neurologista, sendo confirmada por exames através do eletroneuromiografia e a dosagem de anticorpos anti-receptor de acetilcolinano sangue.
A equipe do Serviço de Cirurgia Torácica do Hospital Monte Sinai utiliza de uma técnica inovadora para tratamento da miastenia grave: a timectomia por videotoracoscopia. A técnica elimina a necessidade de secção no osso externo, pois a cirurgia é feita por meio de orifícios. Isso reduz o tempo da intervenção, bem como o período de recuperação e probabilidade de complicações.
Fontes: Associação Brasileira de Miastenia e Equipe do Serviço de Cirurgia Torácica do Hospital Monte Sinai.
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