O Serviço de Hemodinâmica do Hospital Monte Sinai coloca Juiz de Fora mais uma vez em dia com os procedimentos de ponta dos centros de saúde mais avançados do país. No final de março, uma técnica inédita na região, a quimioembolização, foi realizada com sucesso pelos médicos Cleber Soares, cirurgião do aparelho digestivo, Gustavo de Moraes Ramalho, cardiologista intervencionista, e Alexandre Tarso de Machado, radiologista.

A quimioembolização é uma técnica nova de tratamento do câncer que associa a embolização - interrupção do fluxo sanguíneo da artéria que irriga o tecido doente - e a injeção de quimioterápicos diretamente no tumor. Indicada principalmente para o tratamento de tumores malignos do fígado, tem a vantagem de reduzir os sintomas e aumentar a sobrevida do paciente.

O procedimento consiste na introdução de um cateter na artéria do fígado que dá suprimento sanguíneo ao tumor, seguida pela embolização e infusão de quimioterápicos com ação direta no nódulo. Apesar de não ser tratamento curativo, pode ser usado em tumores volumosos ou múltiplos, e em pacientes de alto risco cirúrgico. O procedimento é indicado também para evitar o crescimento e promover a regressão do tumor enquanto o paciente aguarda transplante. A quimioembolização é um procedimento minimamente invasivo, realizado sob anestesia local e com duração média de apenas 70 minutos. Além disso, oferece menor efeito colateral associado à medicação quimioterápica, recuperação mais rápida e menores taxas de complicação.