A Cardiologia Intervencionista do Serviço de Hemodinâmica do Hospital Monte Sinai inova mais uma vez. É o primeiro Serviço do interior de Minas a adotar a técnica de Angioplastia com implante de Stent sem polímero, que traz um grande diferencial para um grupo de pacientes com alto risco de sangramento.
Gustavo Ramalho, cardiologista intervencionista, explica que os Stents farmacológicos atuais utilizam um polímero que funciona com uma cola, que liga o fármaco (medicamento) à estrutura do Stent. Este fármaco é consumido em 30 dias, distribuído in loco na angioplastia, mas o polímero demora mais tempo para ser absorvido pelo organismo. Por isso, após o implante o paciente precisa tomar dois antiagregantes plaquetários (medicamento que afina o sangue) por períodos que variam de 3 a 12 meses, e são fundamentais para evitar trombose no local em que é feito o implante do Stent.
O lançamento deste novo tipo de Stent, sem polímero, reduz para apenas um mês a dupla anti-agregação. Ele é ideal para cerca de 20% dos pacientes que necessitam da angioplastia, mas têm alto risco de sangramento por diversos fatores. Neste grupo de risco destacam-se idosos com mais de 75 anos, pacientes com fibrilação atrial (que já precisam do uso de anticoagulante), pessoas com doenças hepáticas, doenças renais crônicas, com histórico de sangramento em infarto, quem tem cirurgia programada num período de até 12 meses, câncer, anemia grave e até dengue, além de outros casos específicos.
A grande vantagem deste novo Stent do tipo farmacológico é a possibilidade de tratar os pacientes em que já se usaria modelo convencional, mas reduzindo a medicação antiagregante para apenas um mês, de forma preventiva. “Ele mantém todos os benefícios, de eficiência e resultado, que o Stent farmacológico já garante, mas ganha em eficácia e segurança em relação ao convencional”, completa Gustavo Ramalho.
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