Laserterapia ou terapia fotobiomoduladora

O Hospital Monte Sinai iniciou em 2018, e de forma pioneira, a utilização de Laserterapia de baixa potência, ou terapia fotobiomoduladora, para o tratamento de lesões de diversas etiologias. No Serviço de Transplante de Medula Óssea, o tratamento de mucosites já acontecia antes mesmo das lesões, desde 2015.

O laser de baixa potência vem sendo utilizado como recurso terapêutico adjuvante para o tratamento de feridas por acelerar o processo cicatricial mediante o aumento do metabolismo celular e minimizar os prejuízos secundários a sua presença, possui ação na regeneração tecidual, anti-inflamatória, analgésica e cicatrizante. Esta combinação resulta em benefícios, tais como: aumento da síntese de colágeno e formação de tecido de granulação (útil para reparo tecidual), promove vasodilatação, auxilia no controle/mitigação da dor, ação anti-inflamatória, ativa leucócitos (células de defesa), dentre outras respostas.

Também é importante ressaltar a técnica ILIB (irradiação de luz laser intravascular), aplicada em diversas áreas da saúde, com ação analgésica, anti-inflamatória, antioxidante.

Através do serviço de Fonoaudiologia, o Monte Sinai também disponibiliza o tratamento de Laserterapia para auxiliar na reabilitação do paciente. 

Os músculos da cabeça e pescoço também se beneficiam da laserterapia de baixa potência, complementar à terapia fonoaudiológica convencional. A laserterapia pode ser utilizada nas alterações vocais (disfonias), alterações na deglutição de alimento e saliva (disfagia), aumento ou diminuição da quantidade de saliva na boca (sialorreia ou xerostomia), alterações na musculatura da face (distúrbios oromiofuncionais), alterações na abertura e fechamento da boca (disfunção temporo-mandibular), edemas de face pós cirúrgicos (drenagem facial), paralisia facial e nas fissuras mamárias decorrentes da amamentação com pega incorreta, aliviando a dor e auxiliando na cicatrização.

O Hospital conta ainda com uma odontóloga que trabalha Laserterapia com aplicação oral. Veja as aplicações. 

A laserterapia de baixa potência pode ser aplicada na boca para prevenção, analgesia (alívio da dor) e reparação tecidual, e ação anti-inflamatória. Além disso, quando é associada a um corante azul (azul de metileno), tem papel antimicrobiano gerando liberação de radicais livres que proporcionam efeito bactericida em áreas contaminadas.

Assim, na Odontologia a laserterapia é utilizada como forma complementar, auxiliando no tratamento de afecções buco-maxilofacias, dentre elas: mucosite oral quimio-radio-induzida, aftas, úlceras traumáticas, estomatite por medicamentos, trauma em mucosa oral, parestesia pós extração de siso, paralisia do nervo facial, disfunção de articulação temporomandibular, nevralgia do nervo trigêmeo, xerostomia e hipossalivação, trismo, dores crônicas, hipersensibilidade dentinária, pós-operatório, eritema multiforme, herpes e disgeusia (alteração do paladar).

A vantagem da ação da laserterapia de baixa potência é a ação local e restrita do tratamento. Não causa dor, não é invasivo, tem baixo custo, não gera riscos ao paciente e nem efeitos colaterais, além de não provocar interação com fármacos, assegurando a manutenção do microambiente local.

A equipe que utiliza o recurso no Hospital Monte Sinai é composta e coordenada por profissionais de Enfermagem – especialista em prevenção e tratamento de lesões -, de Fonoaudiologia e de Odontologia. O time está apto e capacitado para individualizar e indicar a terapia visando melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

A titulo de informação, devido às diretrizes da ANS, apenas em alguns casos a laserterapia de baixa potência é disponibilizada através dos convênios. Em grande parte das aplicações, os atendimentos ainda acontecem de forma particular.