Unidade é ampliada para atendimento a pacientes de convênios e SUS

Ampliado para atender, inclusive, pacientes do SUS, o serviço aumentou o número de leitos e os requisitos estruturais para acolher o paciente transplantado. O Serviço também ampliou sua esquipe de especialistas e está habilitado para todos os tipos de transplantes de medula, inclusive não aparentados. Os transplantes em pacientes Sistema Único de Saúde foram iniciados em 2023, fechando o ano com 30 procedimentos realizados.

Conheça os diferenciais da nova estrutura do Centro de Transplantes de Medula Óssea do Monte Sinai:

CTMO: experiência, estrutura e acolhimento

O Centro de Transplante de Medula Óssea do Hospital Monte Sinai já atendeu, desde seu credenciamento no final de 2013, mais de cem pacientes. Está habilitado para todos os procedimentos de TMO, exceto de cordâo umbilical: autólogo, alogênico aparentado, haploidêntico e, recentemente, para o alogênico não aparentado, em que a doação de medula permite encontrar compatibilidade fora da família. 

O serviço está incluído pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) no registro multicêntrico de Transplantes de Células-Tronco Hematopoéticas, liderado pelo Hospital Israelita Albert Einstein. Trata-se de um estudo internacional promovido pelo Center for International Blood and Marrow Transplant Research (CIBMTR) que visa desenvolver o transplante de Medula Óssea no mundo.

Fazendo diferença na região

O programa de Transplante de Medula Óssea (TMO) no Monte Sinai permitiu que a região ampliasse a oferta de recursos a pacientes de convênios que, antes, dependiam apenas da fila do SUS para o procedimento ser realizado em Juiz de Fora ou precisavam passar pelo processo de tratamento em grandes centros.  

O Centro sempre cumpriu todas as normas exigidas no credenciamento pelo Ministério da Saúde para este tipo de Centro, com filtro HEPA (sigla em inglês para uma tecnologia empregada em filtro de ar com alta eficiência na separação de partículas, visando garantir a pureza do ar), equipe multiprofissional completa para o atendimento e  Laboratório de criopreservação e processamento de células-tronco, desde a primeira ampliação da estrutura. Uma  ampla e moderna Agência Transfusional, do Hospital Monte Sinai, dá o suporte fundamental ao funcionamento da estrutura. Embora, lide com a epidemia de COVID, com maior risco em pacientes imunodeprimidos O CTMO segue rigorosamente as orientações da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea no que diz respeito a segurança dos pacientes e seus acompanhantes durante todo o procedimento.

Equipe

Pessoas são o insumo fundamental no acolhimento deste paciente especial. E a equipe de TMO no Hospital Monte Sinai conta com o apoio de profissionais experientes no atendimento ao paciente transplantado de medula óssea (o hospital também é credenciado para transplante de córneas e fígado). A sinergia multidisciplinar – entre enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, farmacêuticos – dá um suporte  imprescindível ao cuidado do paciente . A  equipe do Monte Sinai conta  com hematologistas, hemoterapeutas e pediatra, enfermeiros rigorosamente capacitados e exclusivos para este procedimento, biólogos, dentistas, psicólogos, nutrólogos e fisioterapeuta além de suporte administrativo para apoiar os pacientes e é coordenada pelo médico Angelo Atalla, hematologista que iniciou o programa de transplante de medula óssea em Juiz de Fora.

Quando o transplante é indicado e os tipos de TMO

O transplante de medula óssea é um tipo de tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como as leucemias e os Linfomas, Leucemias, Mieloma Múltiplo, Neuroblastomae Anemia Aplásica. Recentemente foi aprovado pela ANS o transplante em portadores de Doença Falciforme que traz grande esperança de cura para esta terrível enfermidade. O procedimento pode ser feito com a própria medula do paciente (transplante autólogo) ou com a medula doada por um familiar ou um doador não-aparentado mas com completa compatibilidade (transplantealogênico, haploidêntico e não-aparentado). No centro do Hospital Monte Sinai também é realizado o tipo Haploidêntico, quando a compatibilidade com familiares é de cerca de 50%. Este tem sido um recurso indispensável para quem não tem doadores ou, devido a urgência do caso, tempo para aguardar a busca de um doador totalmente compatível no cadastro de doadores. Além disso, o transplante também pode ser feito a partir de células precursoras de medula óssea, obtidas do sangue circulante de um doador ou do sangue de cordão umbilical.

Para determinar a compatibilidade do doador com o paciente, são realizados testes laboratoriais, principalmente o HLA (Antígeno de Histocompatibilidade Leucocitária). E é importante reforçar que somente o hematologista, especialista nas doenças do sangue, é quem deve indicar o TMO como opção terapêutica.