Pelo 5º ano, somos World´s Best Hospitals

A Revista Newsweek classifica, por critérios clínicos e pesquisa, ranqueia os melhores hospitais do mundo. Por várias décadas, destacou apenas as instituições americanas. Mas desde que passou a listar os melhores também por países, incluindo o Brasil nesta lista exclusiva, o Hospital Monte Sinai se destaca entre os melhores nesta seleta classificação.

 

A parceria com o Statista, gigante da pesquisa mundial de dados, começou em março de 2019. Este ano, a lista inclui dados de 2.400 hospitais em 30 países. Para compreender a relevância de estar nesta lista, vale destacar que no Brasil existem mais de 6 mil instituições hospitalares.

 

Milhares de especialistas fazem recomendações e avaliação da reputação destes hospitais através de pesquisa on-line, que inclui médicos, outros profissionais de saúde e gestores hospitalares.

 

A experiência do paciente é fonte de dados fundamental na avaliação e a pesquisa envolve a opinião dos pacientes, através de questionários padronizados em metodologia (PROMs) que analisa etapas de atendimento; projetos de melhoria de qualidade dos serviços; avaliação do desempenho clínico e nível de satisfação com o procedimento realizado na instituição.

 

A segurança do paciente e a qualidade dos tratamentos são destaque entre as métricas de avaliam a qualidade hospitalar.

Nova técnica: trombectomia mecânica ajuda paciente jovem com TVP

Contabilizando poucos casos realizados no Brasil, o setor de Hemodinâmica do Hospital Monte Sinai realizou a segunda trombectomia mecânica por abordagem endovascular minimamente invasiva, utilizando o dispositivo ClotTriever®️. Com ele, foi possível tratar a trombose venosa profunda (TVP) de uma paciente jovem e puérpera, sem a necessidade de medicamentos que seriam necessários para dissolver o trombo e que, dentre outras possíveis intercorrências, a impediriam de amamentar.

 

Neste último procedimento, conduzido por Olímpio Márcio Andrade Soares, Cirurgião Vascular que atua em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular, o tratamento atendeu uma paciente de apenas 25 anos, que precisou de atendimento de emergência 21 dias após um parto, com quadro de trombose venosa profunda na perna esquerda.

 

Neste tipo de trombose, com envolvimento das veias ilíacas, como era o caso dela, é comum a evolução do quadro com síndrome pós trombótica (edema persistente, pigmentação, dermatoesclerose e ulceração ao nível da perna) em 5 a 10 anos, caso ela fosse submetida somente ao tratamento clínico com anticoagulação.

 

Para evitar o risco da síndrome, Dr. Olímpio indicou a trombectomia mecânica, optando pelo cateter ClotTriever®️, que além de retirar o coágulo, permite que ela permaneça sem a necessidade de uso de trombolíticos, podendo voltar a amamentar e com pequeno tempo de internação hospitalar.

 

Durante o procedimento foi identificada uma estenose (estreitamento do vaso) femoral, onde o médico optou por fazer uma angioplastia e implante de stent venoso. E tudo foi concluído sem intercorrências, com alta da paciente em dois dias após um período de observação na Unidade Coronariana.

 

O ClotTriever®️
Este cateter, usado no procedimento chamado trombectomia mecânica, chegou ao Brasil recentemente. A técnica na qual é utilizado posiciona um fio guia no local da lesão e, com a ajuda do dispositivo, retira o coágulo, liberando o vaso e evitando que o trombo se desloque e provoque uma embolia pulmonar, por exemplo. No local, é implantado um stent, que permite o fluxo normal de sangue.

Implante ósseo recupera audição de paciente

Uma cirurgia de prótese auditiva ancorada ao osso foi realizada, pela primeira vez no Monte Sinai, pela equipe dos otorrinolaringologistas Antônio Bartolomeu Dias e Liora Gonik, usando a tecnologia Osia® 2. A técnica foi realizada em intervenção bilateral simultânea numa paciente com perda auditiva em função de uma infecção crônica. O procedimento está no rol da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

 

Ao contrário do implante coclear – que conecta um eletrodo que substitui o nervo o implante ósseo está acessível a pacientes que tiveram problema crônico ou perderam a audição por alguma doença ou outro motivo com a idade, mas que tem preservada a estrutura neurossensorial em pelo menos um dos ouvidos.

 

A paciente mais recente não tinha o tímpano, a bigorna e o martelo em decorrência de infecção e não se adaptou a aparelhos auditivos (sempre a primeira alternativa antes de uma intervenção cirúrgica) porque as cavidades auriculares também foram afetadas. E, por isso, no caso dela, o implante foi bilateral.

 

Dr. Antônio explica que este é um procedimento recente, com cerca de quatro anos de prática no Brasil. Para este caso, contou com a supervisão do especialista Rogério Hamerschmidt, Chefe do Serviço de Otorrinolaringologia do HC/UFPR. A equipe local realiza o procedimento há dois anos e este é seu sétimo caso.

 

Como funciona a audição normal e como a tecnologia ajuda o paciente?

Todo som chega ao ouvido por uma onda. O tímpano a recebe, vibra a bigorna, que vibra o martelo, que vibra o estribo e transforma a onda em impulso elétrico para o nervo e o cérebro identifica/classifica cada som. Se há perda destas estruturas nesta cadeia de transmissão, o osso pode conduzir a onda sonora que é captada diretamente para o nervo, e esta tecnologia tem nas suas estruturas um captador (implantado no osso), o som é levado por um transmissor ao processador conectado diretamente no nervo.

 

Mesmo se o procedimento for feito em um dos ouvidos, o paciente vai recuperar a audição bilateral, pois ao utilizar a tecnologia chamada piezoeletricidade, o som é conduzido pelo osso para o nervo diretamente, sem precisar das estruturas do ouvido. O som chega ao processador (Osia® 2), captado pela bobina de titânio, implantada atrás da orelha, e é transmitido ao nervo. Ou seja, é formada uma nova cadeia de transmissão da onda sonora que se baseia no osso (que é um condutor melhor que o ar) para transformar o som em impulso elétrico. E este processo “engana o cérebro”, pois mesmo com perda neurosensorial em um dos ouvidos, a técnica restaura a audição pelo lado contralateral também.

 

Dr. Antônio explica que, em geral, os pacientes sem bilateralidade têm uma grande fadiga auditiva, pois passa o tempo todo buscando a fonte sonora. A tecnologia usa a capacidade natural do corpo para transmitir o som através do osso, melhorando a audição inclusive nas condições mais barulhentas. O processo é minimamente invasivo e o aparelho é discreto, mas mantém, como todos os demais, uma estrutura externa por causa da bateria que alimenta o sistema de transmissão. Ele é ativado 30 dias após o implante (tempo de consolidação do osso) e o resultado tem sido relatado como excelente pela maioria dos pacientes.

Bebê nasce em local inédito no hospital: na sala de Hemodinâmica

Acretismo placentário foi o diagnóstico de uma gestante que precisaria de cesárea, numa condição fora do usual, com alto risco de hemorragia no pós-parto. Para evitar a complicação, os obstetras Lucas Werner e Francisco Chaves acionaram o radiologista intervencionista Thiago Abdala e o parto aconteceu num local inédito: o laboratório de Hemodinâmica (unidade onde são feitos cateterismo e outros procedimentos guiados por imagem).

 

Esta não é a primeira vez que o procedimento é feito no Monte Sinai. Em outra ocasião, a oclusão temporária de artérias hipogástricas para controle de hemorragia pós-parto foi realizada na Hemodinâmica, mas a cesárea foi feita no bloco obstétrico no Centro Cirúrgico. A opção, agora, foi por não deslocar a paciente. E foi um sucesso!

 

A patologia

O acretismo placentário ocorre quando a placenta penetra de forma anormal na parede do útero, com risco de sangramento acentuado logo que o parto descola a placenta para o nascimento do bebê. Esta condição está fortemente associada ao antecedente de cesáreas prévias e à inserção baixa da placenta, chamada placenta prévia. É uma importante causa de mortalidade materna no mundo, podendo ocorrer em 1 a cada 500 partos, segundo o International Journal of Ginecology and Obstetrics.

 

O procedimento

O radiologista intervencionista colocou (por cateter) dois balões de angioplastia nas artérias que irrigam a pelve renal e o útero. Logo que o cordão umbilical foi cortado após retirar o bebê, os balões foram insuflados, interrompendo o fluxo sanguíneo para a pelve e para o útero. Isto possibilitou descolar a placenta com segurança e sem sangramento. Após a sutura, os balões foram desinsuflados e retirados.

 

O parto

Na sala de Hemodinâmica, que tem todo o suporte de uma sala operatória como no Centro Cirúrgico, os obstetras fizeram a cesárea, com o apoio de praxe da equipe de Enfermagem do Centro Obstétrico, o acompanhamento da Pediatria e da equipe de Anestesia do hospital. A paciente teve o parto sem a possível complicação hemorrágica, ficou em recuperação na Maternidade, com alta no tempo normal do parto cesáreo.

Novo TMO também atende pacientes SUS

Bem perto de comemorar dez anos de atuação, a Unidade de Transplante de Medula Óssea do Monte Sinai inaugurou a sua nova área esta semana. Ampliado para, inclusive, atender pacientes do SUS, o serviço aumentou o número de leitos e os requisitos estruturais para acolher o paciente transplantado, além de expandir a sua equipe de especialistas.

 

O hematologista Angelo Atalla, idealizador do serviço e pioneiro no Transplante de Medula em Juiz de Fora e no Monte Sinai, comemora, em 2024, dez anos do credenciamento deste tipo de procedimento na saúde suplementar na região. O Serviço está habilitado para todos os tipos de transplantes de medula, inclusive não aparentados. Em 2023, foram realizados quase 30 transplantes, incluindo pacientes do Sistema Único de Saúde. A equipe da unidade inicia o ano com as melhores expectativas, acreditando conseguir promover um maior acesso a esse tipo de tratamento.

 

Conheça os diferenciais da nova estrutura no Monte Sinai:

 

– unidade separada e com rigorosas políticas de isolamento para minimizar o risco de infecções;
– apartamento/leitos equipados e com filtragem do ar e pressão positiva;
– estrutura física que permite um ambiente acolhedor e não confinado;
– equipamentos de alta tecnologia;
– equipe multidisciplinar qualificada e especializada.

Monte Sinai realiza procedimento de forma pioneira em Minas Gerais: Radioembolização de tumor hepático

A Radioembolização de tumor primário de fígado com microesferas de Itrio-90 é um procedimento complexo, que exige uma logística muito bem organizada, estrutura de apoio e pesquisa diagnóstica completa, além de equipe capacitada e multiespecialidade. Em Minas Gerais, apenas o Hospital Monte Sinai está realizando, atualmente, a técnica.

O procedimento conta com o suporte do setor de Hemodinâmica, com apoio das estruturas de Medicina Nuclear, Imagem e Radiologia e Radiologia Intervencionista no Centro Médico Monte Sinai. Acontece em duas etapas, sendo a primeira feita com uma semana de antecedência da infusão final das partículas, inclusive com internação do paciente. Isso, porque antes de receber as partículas de Itrio, o processo requer um mapeamento vascular do tumor para a verificação de qualquer comunicação com outros órgãos, pelo risco de migração para locais indesejados.

Tudo é medido com precisão e a dose do Ítrio-90, que vem dos Estados Unidos, chega individualizada para cada paciente, tendo vida útil de 64 horas. A Medicina Nuclear tem um procedimento padrão a seguir para manipular o material, que é específico em seus mínimos detalhes. Toda superfície onde houver manipulação da substância é coberta e cada embalagem segue um processo e tempo especial de guarda antes de ser destinado ao descarte adequado. E, durante a infusão do Ítrio, cada pessoa que deixa a sala de Hemodinâmica passa por verificação de radiação com aparelho específico.

Já foram realizados, desde 2018, cerca de 12 radioembolizações no Monte Sinai e outras estão em processo de aprovação, em especial, após entrarem no rol da ANS para  tumores primários de fígado, mas o procedimento também é indicado para Metástases hepáticas inoperáveis; tumores secundários originados de qualquer sítio, especialmente os neuroendócrinos, de mama e cólon; qualidade de vida para pacientes idosos ou fragilizados que não suportariam a quimioterapia e os com câncer hepático em fila de espera para transplante de fígado.